quarta-feira, 8 de abril de 2009

sem fotos/ohne fotos

e de novo prometeu, armou, nem choveu e nem saiu de cima. saiu sim de tarde quando na rua paletava, o sol castigando, vejo uma mulher sentada na grama. parecia passar mal. perguntei-lhe se lhe faltava qualquer coisa. nem devia ter perguntado. será? faltava muito, a sorte, a saúde, até mesmo a vontade de viver. convenci-a a levantar da grama, sentar na sombra, desabafou um pouco, senti uma impotência do tamanho do mundo. mais um dos muitos destinos que tenho encontrado nas ruas, sofrendo com o calor, com as dores, com tudo.
quem?
mais tarde no campo da pólvora uma outra, esta quase menina a amamentar uma outra menina. de fartos só mesmo os peitos. de leite. farto também o rosto, de dores.
cansei.

und schon wieder gab es versprechungen, dunkle wolken, schwere luft, hitze. und noch mal nüschts... es ist heiß und heißt es sei herbst. aber nichts um die hitze zu verabschieden. ich bewege mich nach dem mittagsessen, so schwer wie die luft selbst. die wolken sind verbannt, die sonne ist wieder da. auf dem grass sitzt eine frau. sie weint. ich stoppe und frage was es ihr fehlt. alles. gesundheit, geld, hoffnung, glaube und lebenswille. ich helfe ihr auf zu stehen, suchend nach schatten und abkühlung, höre ihre geschichte soweit ich nur kann. noch ein schicksal von den vielen hier. leiden.
später noch eine, fast ein kind, an ihre brust säugt ein anderes kind. das einzige was sie hat und zum glück viel milch. und leider so viel unglück.
ich bewege mich weiter, langsamer, die hitze ist böse.
ich bin müde.

Um comentário:

  1. ê mirovsky, se superou...
    viu A Tarde hoje? uma pariu na calçada de ondina.

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