domingo, 13 de setembro de 2009

arêrê internáutico.1


o verão definitivamente se despediu de vez ontem, fez um dia lindo, mas já bem mais fresquinho... hoje cinza e chuvoso, na verdade iria quebrar a minha pausa do blog, postando sobre a parada dos cacorros, ontem no meu bairro. mas daí que comecei o meu dia do mesmo jeito de que sempre começo, depois de ter cuidado da toillete de Fio, café na mão, sento em frente ao compu leio os jornais, e-mails, blogues, sempre começo com o de Maria.
no dia 11 de setembro, fui um dos primeiros a fazer comentário sobre a postagem do dia anterior, uma carta aberta a um fotógrafo baiano.
ontem Maria não postou, hoje de café na mão, fui conferir o blog dela, estava lá honradíssimo com um conto photográfico a partir de uma foto de um álbum que lhe dei de presente, comprado num mercado de pulgas pelos lados de cá. daí fui conferir também se alguém mais havia comentado qualquer coisa a mais na postagem/carta aberta do dia 10. e aí fiquei besta. lí e relí os comentários, na verdade a maioria respostas anônimas tanto à carta aberta quanto ao meu comentário.
pensei e repensei, depois de muitos cafés tento eu aqui colocar algumas idéias sobre o acontecido.

óbviamente primeiramente me apresentando àqueles que não me conhecem (adorei aquela estória de Miro+quem), nascido e criado na Bahia, meus primeiros dez anos de vida entre o Caminho de Areia (um nome tão lindo para um lugar nem tanto) e o Cabula. fiz até o quarto ano de primário na escola Alfredo Amorim, uma escola pública no largo do papagaio. mudanças, muitas mudanças, ginásio em escola particular e via bolsa de estudos. estudei teatro e larguei, fui pro Rio de Janeiro e estudei moda e pintura, larguei e voltei, trabalhei com muita gente boa, e pude ainda no Brasil ter a grande oportunidade de vir a trabalhar com duas parentas incríveis, Carmen Paternostro e mais tarde com Maria Sampaio. No Núcleo de Fotografia da fundação cultural do estado da Bahia, aprendi muito, aprendi muito mais sobre fotografia do que qualquer escola de artes plásticas poderia me oferecer. com muito respeito digo, aprendi também muito sobre edição eotográfica só espiando o trabalho acurado de Célia Aguiar, sem querer mais entrar em tantos detalhes, aprendi muito sobre respeito humano e a dar valor ao trabalho em conjunto, Maria Sampaio nunca foi a chefe, mas sempres soube manter o núcleo em clima de absoluto repeito e fraternidade e sobretudo PROFISSIONALISMO e ÈTICA PROFISSIONAL (o que no Brasil anda quase em extinção). Célia Aguiar e Edivalma Santanna, mais os garotos do laboratório (que infelizmente não me lembro mais dos nomes, já fazem mais de vinte anos e eu não mantive contato com eles como mantive com Célia e com Edivalma).
depois da I Bienal Fotobahia 1988 eu fiz minhas trouxas e fui me embora da Bahia e do Brasil, relembrando sempre que quem sempre me deu o maior apoio foi minha querida prima Maria Sampaio, que sempre me disse assim: não volte! depois de quatro anos voltei pela primeira vez, a passeio, vira e mexe eu voltava patra passear, cuidar de meu pai, etc. mas confesso aqui com todas as letras, cada vez mais me envergonhando e me decepcionando mais e mais com o jeito que o Brasil se degenera. já bloguei demais da conta sobre isso, meus arquivos estão cheios.
para finalizar a minha apresentação, deixei o Brasil em 1989 e não tenho vontade de voltar! quem quiser saber quem eu sou ou o que fiz que coloque meu nome no google e procure, tem material de sobra.
queria só responder algumas coisas ao anônimo número 1:

anônimo 1: ignorância é citar uma frase depois de ter mexido nela, faz muita diferença dizer:
'parece que ele colocou as folhas de contato online'
do que 'ele colocou as folhas de contato'. você já ouviu falar em difamação e distorção de idéias??? isso tabém dá processo!
querido anônimo 1 dê um pouco mais de atenção à sua leitura. ao que parece você deve ser o mesmo anônimo de mais tarde que fala não saber da 'griffe'(????) e termina seu comentário com um grandioso nhenhenehé! querido, eu com certeza entendo de fotografia. e não me venha falando em processos, danos morais e materias. não ataquei ninguém pessoalmente,como você o faz, fiz apenas um comentário, é meu direito em qualquer democracia! você destorce a minha frase e nem é capaz de dizer quem é! isso sim tem nome: covardia.

quanto ao termo "os saudosistas", só queria dizer uma coisa, a questão não é saudosismo, a questão é que o Brasil é um país sem memória e a memória cultural brasileira tem sido cultivada pelos mais espertos. a cultura brasileira tem se degenerado cada vez mais, a televisão, o besteirol, o orkut e o comércio carnavalesco fazem da cultura brasileira uma vergonha! a questão não é SAUDOSISMO,a questão é querer que todos os brasileiros tenham a mesma oportunidade de conhecer e conhecer bem a sua história e sua cultura, sem o filtro do OPORTUNISMO!!!!

passar bem e um bom domingo.

2 comentários:

  1. Primaldo, você escreve muito bem. Estou agradecida e sou orgulhosa de você, do seu trabalho e da carreira construída por você na Alemanha. Quem não esteve no útero de uma grande teatro europeu, e eu estive levado por você na Alemanha, não faz idéia do que seja um verdadeiro TEATRO. Jamais entenderá o que é ser FIGURINISTA contrtado de um teatro europeu. Miro Paternostro hoje artista plástico em carreira solo na Europa. Você e sua capacidade artística, sua honradez, sua força. Viva nosso MIRO PATERNOSTRO.

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  2. Grande Miro: solidariedade total! E sem anonimato!

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